ENCadernos WGT: A explicação em linguística
Coutinho, Maria Antónia, org. (2009). Cadernos WGT: A explicação em linguística. Lisboa: NOVA FCSH.
Apresentação
Pensar a explicação em Linguística abre desde logo duas direções de trabalho.
Por um lado, entra-se num debate clássico e quase inevitável para quem trabalha nesta área: qual a capacidade explicativa desta ou daquela teoria linguística? como se identifica e se define essa mesma capacidade explicativa, por oposição ao trabalho de descrição? que mais-valia acrescenta a explicação – e por que vias?
Por outro lado, fica também em evidência o eventual contributo de diferentes abordagens, no sentido de caracterizar o que se pode entender por explicação em Linguística: um determinado tipo de relação entre objetos ou acontecimentos, marcada sintática e semanticamente ao nível da oração? um tipo de texto (e/ou um protótipo textual? uma sequência prototípica?) um ato de fala? uma atitude discursiva?
Uma terceira perspetiva a desenvolver consistiria em articular as duas direções de trabalho apontadas: em que medida é que a clarificação linguística do que seja a explicação pode contribuir para clarificar simultaneamente a (in)capacidade explicativa desta ou daquela teoria?
As perspetivas aqui apontadas não são exaustivas e pretendem apenas situar uma problemática – a que foi objeto do WGT – Work(shop) em Gramática & Texto, sobre a explicação em linguística, que se realizou a 21 de junho de 2008, na FCSH.
Boas leituras – e, quem sabe, boas explicações!
Maria Antónia Coutinho
Artigos
Índice
…porque foi assim! (notas sobre a explicação em diacronia)
Maria Teresa Brocardo
Coordenação explicativa e subordinação causal. Uma distinção problemática
Jorge Pereira
Sobre a Explicação: leitura(s) de um programa de trabalho
Clara Nunes Correia
A explicação em (alguns) géneros institucionais
Ana Caldes
Nas fronteiras da explicação
Maria Antónia Coutinho