Nova publicação: “The neologisms of the COVID-19 pandemic in European Portuguese”

Sílvia Barbosa e Susana Duarte Martins, investigadoras do grupo LLT do CLUNL, assinam um capítulo na obra Lexicography of Coronavirus-related Neologisms, recentemente dada à estampa pela De Gruyter.

A COVID-19 teve um forte impacto na vida das pessoas em todo o mundo, pelo que a comunicação sobre novos tratamentos, novos cuidados, novos comportamentos foi necessária e, sempre que uma descoberta desta realidade social e clínica aconteceu, novas palavras e/ou expressões neológicas surgiram a um ritmo extremamente rápido. O vocabulário em diferentes domínios e no discurso quotidiano foi alargado para acomodar um fenómeno complexo de mudanças sociais, culturais e profissionais. Uma nova vida deu origem a uma nova linguagem – o “coronaspeak”. De acordo com Thorne (2020), o “coronaspeak” tem três fases: primeiro, surgiu na forma como os aspetos médicos eram comunicados na linguagem do dia-a-dia; segundo, ocorreu quando os falantes verbalizaram as experiências que tinham vivido e “inventaram os seus próprios termos”; finalmente, esta “nova” forma de falar surgiu no jargão do governo e das autoridades, para assegurar que as novas regras e políticas fossem compreendidas, e que a população adotasse comportamentos socialmente responsáveis. Este capítulo, intitulado “The neologisms of the COVID-19 pandemic in European Portuguese: from media to dictionary”, foca-se na segunda fase, bem como no contexto em que o neologismo – seja uma nova palavra, um novo significado, ou um novo uso – surgiu, é utilizado e compreendido, através da observação da ocorrência da(s) nova(s) palavra(s) nas redes sociais ou através de textos de divulgação (imprensa) para a confrontar com os que os dicionários digitais portugueses têm atestado até agora.

O trabalho está disponível em Acesso Aberto em: https://doi.org/10.1515/9783110798081-010